domingo, 29 de julho de 2007

EU, O OUTRO E O DESEJO POR SI

Não quero a falta do coração do outro
Quero o outro sem o sexo na gaveta,
Quero a maleta aberta,
Quero o susto incerto,
E ainda quero o poeta.
Isso é tudo que quero,
Porque por hora, querer é tudo o que tenho.
Quando o querer for senhor
E o desejo puder exigir,
Aí sim, metade de mim pra você!
Metade de você pra mim!
Quem sabe esse desejo rude
Penetre esse coração inerte,
O desperte
E você se bote pra mim?
Do contrário, me calo
E aceito a voz do imaginário
A dizer...
Que o presente é a falta desse futuro em ti
.
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