domingo, 19 de abril de 2009

Preto e Branco


Preto+ Branco=
Eu gosto do preto e do branco

Por que essas cores me remetem ao meu passado

E volto a sentir-me como um pássaro calejado

Que, de tanto voar

Na vertigem de um céu tão cinza
Esquece-se de sentir e amar

O leve gosto da brisa.

Gosto do preto proficiente

Que se desfaz sob o chão

Ao sentir-me inerte.
Oh!
Preto tão cheio de nada
Tão obvio quanto o martírio e a fantasia

Da partida e da chegada.
Gosto do branco castigável, de tão frio.

Frieza, desconheço há tempos.
Quem predomina aqui, é um olhar vazio.

Querer e negar

Contradição de um mistério

Por isso o preto e branco

Sigo a cultivar

O sangue que há anos estanco

Há de um dia, no sopro da melodia

A mim, se curvar.
Na transparência do branco

Ou na obscuriedade do preto

Sei que esquecerei sutilmente
A dor de cada momento.

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sábado, 18 de abril de 2009

Todo amor que houver nessa vida


Todo Amor que Houver Nessa Vida
Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós na batida,
no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia
E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia...


Frejat/ Cazuza

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quinta-feira, 16 de abril de 2009



No fim destes dias encontrar você que me sorri,
que me abre os braços, que me abençoa
e passa a mão na minha cara marcada,
na minha cabeça confusa,
que me olha no olho e me permite
mergulhar no fundo quente da curva do teu ombro.
Mergulho no cheiro que não defino,
você me embala dentro dos seus braços
e você me beija e você me aperta
e você me aquieta repetindo
que está tudo bem,
tudo, tudo bem.




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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Se o amor existe,
seu conteúdo já é manifesto.
Não se preocupe mais com ele e suas definições.
Cuide agora da forma,

cuide da fala, cuide do cuidado,
cuide do carinho.
Cuide de você.
Ame-se o suficiente para
ser capaz de gostar do amor

e só assim pode começar a
tentar fazer o outro feliz...


Arthur da Távola
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quinta-feira, 2 de abril de 2009

"A vida é maravilhosa, mesmo quando dolorida.
Eu gostaria que na correria da época atual
a gente pudesse se permitir, criar,
uma pequena ilha de contemplação,
de autocontemplação,
de onde se pudesse ver melhor todas as coisas:
com mais generosidade,
mais otimismo,
mais respeito,
mais silêncio,
mais prazer.
Mais senso da própria dignidade,
não importando idade,
dinheiro,
cor,
posição,
crença.
Não importando nada."


Lya Luft ]