quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Vermelha Maldade


Não sou e não serei o que me tornaram.
Nem que seja pela delícia de não corresponder às expectativas.
Pensem o que quiserem, mas saibam que sou mistério.
Um mistério de riso frouxo, silencioso, audacioso e sedutor.
E nunca, jamais, encontrarás tal, pois não mereces e não me convém.
Espalhem minha tristeza como se fosse do meu ser verdade.
Sabem que não é... Sou leve, mas peso. Porque marco presença, sou barulhenta, apesar de quieta.
Faço estrago dos bons. É nisso que pões raiva, certo?
Ponha, meu bem, ponha. À ti mesmo não mentes, sabes que és incapaz de aceitar a inveja que lhe toma.
Não importa, agora. Importará depois.
E sairei feliz dessa minha tristeza, feliz.
Sairei com meu sorriso lateral, letal, pintado de vermelho, apertando os olhos, má:
Viu? Eu estava certa. Agora que importa, já não importa. A vida é minha, ganhei-a.



A.D.

2 comentários:

Anônimo disse...

Maravilhoso, estou seguindo.

Fran. disse...

Olá, belo blog!

Venha conhecer o meu, talvez você goste... Estou começando agora!

Um beijo, Mel.