Posso não olhar o mundo
fazer um faz-de-conta da vida
não perceber, mesmo percebendo
quando você passa e descompassa
minhas certezas tolas
Preciso não querer tanto
algo mais bonito que um encontro
mais eterno que todos os arrepios
e todos os caminhos que te levam
nesses desencontros
Posso não abrir as cortinas
e o coração para cada amanhã
tenho procurado aprender coisas novas
se há quem viva para o futuro, vivo
para voltar
Preciso esquecer o que ainda é difícil,
e insiste nascer impossível te afastando
dos meus olhos, da minha rua,
do que ainda pode ser, por um instante,
pra sempre
Um comentário:
muito bom esses poemas.
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